LIRAa aponta queda histórica nos índices do Aedes aegypti em Sarandi

O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) é uma das ferramentas mais importantes no combate à dengue. Ele identifica os locais onde estão concentrados os focos do mosquito transmissor, permitindo que o município direcione de forma ágil e estratégica as equipes de combate, atuando especialmente nos bairros de maior risco.

Em 2024, Sarandi vivia uma situação crítica. O Índice de Infestação Predial (IIP) chegou a 4,4% e o Índice de Breteau (IB) atingiu 4,9%, classificando a cidade como de alto risco para epidemia. A maioria dos bairros apresentava valores superiores a 4%, com picos alarmantes como o Parque das Indústrias (14,5%) e o Centro (9%), cenário que exigiu respostas emergenciais do poder público e atenção redobrada da população.

Já em 2025, o panorama é outro. O terceiro LIRAa do ano revelou um avanço expressivo: o IIP caiu para 0,8% e o IB para 0,9%, classificando Sarandi como de baixo risco. A maioria dos bairros apresentou índices iguais ou próximos de zero, com apenas pequenas variações em pontos isolados. Essa redução drástica demonstra a eficácia das medidas adotadas, que incluíram mutirões, fiscalização de criadouros, uso de larvicida, ações de conscientização e a mobilização conjunta da comunidade e de diferentes setores da administração municipal.

O comparativo entre os levantamentos de 2024 e 2025 ilustra de forma clara a transformação. Enquanto bairros como Parque das Indústrias, Centro e Jardim São Paulo figuravam entre os mais críticos no ano passado, hoje apresentam índices de baixo risco. Esse resultado, além de expressar o impacto positivo da estratégia de combate, reforça a importância da união entre poder público e moradores na eliminação dos focos do mosquito.

Apesar do resultado positivo, o município reforça que o trabalho não pode parar. “Um índice baixo não significa fim do problema, mas sim que precisamos manter a vigilância. O mosquito pode voltar a se proliferar se relaxarmos os cuidados”, alerta o Secretário de Saúde, Erasmo Cardoso. 

O gráfico comparativo dos levantamentos, que será utilizado em informativos oficiais, evidencia a queda expressiva nos índices e servirá como estímulo para que a população continue engajada na prevenção. A lição é clara: o combate à dengue é permanente e a manutenção dos bons resultados depende da participação de todos.